ABM - Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração

Vale, Gerdau e Usiminas são as empresas do setor minerometalúrgico com mais seguidores nas redes sociais

De olho no crescente presença dos indivíduos nas plataformas digitais, as três empresas tem aumentando seus investimentos na comunicação via redes sociais, segundo levantamento da Aberje.

A importância das redes sociais na estratégia de negócios e para a imagem e reputação corporativa tornou-se inegável nos últimos anos, acompanhando a crescente presença dos indivíduos nas plataformas digitais. Segundo levantamento exclusivo feito pela Aberje, as empresas têm direcionado recursos para a produção de conteúdos próprios, visando ampliar sua visibilidade nas redes sociais e conquistar engajamento cada vez mais significativo. 

Essa foi a conclusão de um amplo mapeamento das redes – LinkedIn e Instagram – de mais de 100 empresas associadas à Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), para entender a atuação e as estratégias de engajamento das empresas nessas duas plataformas. O quadro abaixo apresenta o top 10 das empresas associadas, de acordo com o número de seguidores no LinkedIn, divididas em 10+ das B2C (Business to Consumer: voltadas para o consumidor final) e entre as 10+ das B2B (Business to Business: cliente final é outra empresa). O levantamento foi feito em meados de agosto e foram consideradas somente as companhias que possuem perfil brasileiro, ou seja, cujo idioma utilizado é exclusivamente português.

Top 10 Company Pages no LinkedIn (*de empresas associadas à Aberje)
 

B2C

Itaú Unibanco: + 2,4 milhão
Natura: + 2 milhões
Latam Airlines: + 1,8 milhão
BRF: + 1,7 milhão
Santander Brasil: + 1,5 milhão
JBS: + 1,5 milhão
Banco do Brasil: + 1,3 milhão
Carrefour Brasil: + 1 milhão
Grupo Boticário: + 1 milhão
Via: + 908 mil

B2B

Vale: + 2,3 milhões
Gerdau: + 1,5 milhão
Votorantim Cimentos: + 938 mil
TOTVS: + 630 mil
Braskem: + 533 mil
Usiminas: + 464 mil
Duratex: + 431 mil
CNH Industrial: + 412 mil
Ecolab: + 379 mil
Empresas Randon: +340 mil

A Pesquisa de Tendências em Comunicação “O que Esperar da Comunicação Organizacional em 2021”, elaborada pela associação e disponível na íntegra para os associados, teve participação de 204 empresas, entre associadas e não associadas, e já indicava um movimento de investir em profissionais de comunicação especializados em redes sociais, seja com equipes próprias ou serviços terceirizados.

Segundo a pesquisa, em relação a estratégias de comunicação no futuro – previsão para os próximos três anos – os investimentos mais altos serão: 44% no LinkedIn, 43% no Instagram, 39% no WhatsApp e 34% no YouTube. Para gerir essa vertente, 58% das empresas afirmaram que o capital humano será mais importante que a tecnologia, ou que a importância será equilibrada.

Portanto os resultados demonstram que os canais mais utilizados para a comunicação com o público de interesse das empresas participantes são as Mídias Sociais (85%), tornando um dos processos de atuação mais abrangidos pelas áreas de Comunicação dos entrevistados, ou seja, representa 78% das ações divididas entre os canais já citados e incluindo também o Facebook, este com uma atuação menor, porém não menos relevante.

Como exemplo de engajamento via Facebook podemos destacar a Natura, com 15 milhões de seguidores; O Boticário, com 14 milhões; e Carrefour, com 11 milhões. Entre as B2B, destaca-se a Gerdau, com 200 mil, e a Votorantim Cimentos, com 91 mil.

Outro dado importante nos resultados do levantamento demonstra que as ações em redes sociais têm sido foco não somente de empresas que lidam com o consumidor final (B2C), mas vêm ganhando cada vez mais a atenção também das marcas B2B.

Valor estratégico das redes para as B2C

Na visão da Natura, o crescimento do número de seguidores tem como base as “origens” da empresa, que desde sua fundação valorizou as relações humanas, com a filosofia de que “cada pessoa importa”. Com um crescimento orgânico expressivo em suas redes sociais, a empresa acredita que tal sucesso se deve ao papel fundamental do time de criação de conteúdo que “incorporou o espírito da marca” e, com isso, cria conteúdos relevantes e que estimulam o usuário a se envolver e se engajar com os temas, para que então o interesse em seguir o perfil seja genuíno e natural. Para a empresa, esse visível crescimento é “extremamente gratificante”.

Para o grupo Natura, existe um princípio de atuação em redes sociais que consiste em “transformar conteúdo em uma narrativa coesa, que concilie o propósito da marca com a identidade da audiência”. De acordo com a empresa de cosméticos, o principal objetivo é “estabelecer um diálogo, envolvendo a marca em debates importantes para a sociedade para, mais do que simplesmente engajar, criar de fato vínculos”.

Já Amira Ayoub, gerente de Marketing da Latam Brasil, explica que a empresa de aviação está sempre atenta ao comportamento do cliente nas redes sociais e ao engajamento de cada post. “Tentamos ao máximo criar o melhor e mais relevante conteúdo aos seguidores. Temos uma estratégia bem definida para o engajamento proativo e que gere conversa com nossos clientes nas redes”, explica a executiva.

Para a BRF, a “construção de diálogo com o ecossistema, com foco na relação de longo prazo, é uma parte importante da estratégia para alcançar e envolver o público”. “Para isso, contamos com editorias para o direcionamento de nossos conteúdos e um fio condutor, como o plano de crescimento Visão 2030, para gerar conversas nas redes e engajar os stakeholders”, explica a gerente de Reputação Corporativa Cristine Freitas. 

Entre os temas, destaque para o ESG – de grande relevância para a companhia –, além de inovação e qualidade. “Além da consistência das abordagens e frequência nas postagens, adotamos uma postura de escuta ativa, analisando a performance post a post e alinhando os temas estratégicos para a empresa com os interesses dos seguidores. Construímos também nossa identidade visual em todos os canais onde estamos presentes, guiados pela essência da marca”, acrescenta a executiva.  

Por sua vez, a Via (ex-Via Varejo) conta que, como marca empregadora, no Linkedin costuma divulgar na rede as oportunidades abertas no grupo, além de conteúdos alinhados aos  pilares de diversidade, ESG e outros que agregam valor à empresa como um local desejado para se trabalhar. “Já no Instagram trabalhamos com assuntos institucionais no feed de notícias e com assuntos mais rotineiros nos stories, dessa forma criando sempre uma frequência de conteúdo relevante”, resume a gerente de Comunicação da empresa, Caroline Colunna. 

B2B também estão de olho nas redes
E não são apenas as empresas B2C que estão com estratégias fortes para os canais digitais. Cada vez mais as organizações B2B também estão apostando nas redes sociais, e colhendo frutos com as ações. A Gerdau, por exemplo, tornou-se o perfil mais seguido no mundo no setor de produção de aço e tem os melhores índices de engajamento, alcance e crescimento dentro do setor de mineração e siderurgia no Brasil, segundo dados do próprio Linkedin. 

A corporação acredita que o alto engajamento nas redes é reflexo da equação “conteúdo de qualidade aliado à linguagem e formato de comunicação adequado, além da atenção e respeito à audiência”.  A estratégia do grupo tem sido humanizar cada vez mais seus conteúdos, aproximando as mensagens e narrativas da audiência. Também tem buscado estimular a interatividade com os seguidores, pois acreditam que “as mídias sociais precisam funcionar como uma via de mão dupla, possibilitando que a sociedade também possa dialogar com a marca.” 

Já Melissa Domenich Bianchi, gerente de Comunicação Externa da Votorantim Cimentos, conta que o grupo busca construir sua  estratégia digital com inteligência, análise de dados e utilização de big data. “Por meio da leitura dos dados, obtemos informações para otimizar a nossa tomada de decisão e realizar uma análise completa do comportamento dos usuários e identificação das tendências. Também ficamos ligados nas oportunidades de engajamento, de forma a fortalecer nossas marcas, produtos, serviços e o nosso relacionamento com os vários públicos”, diz.

A executiva acrescenta que o crescimento do número de seguidores nos perfis do grupo “não é um fim em si mesmo, mas uma consequência positiva de um trabalho bem feito”. “Há outros indicadores muito importantes que levamos em conta, como engajamento e sentimento, por exemplo. Como líderes do setor, ficamos muito felizes e honrados de nossos canais de mídia social terem relevância global”.

A Totvs conta que promoveu uma recente reformulação de posicionamento e linguagem em suas redes, levando em consideração: diversidade no formato dos conteúdos (artigos, infográficos e lives); posts pensados no público e formato de cada rede social, considerando que cada uma tem suas regras específicas de impulsionamento; atenção aos principais temas e novidades para não perder nenhuma pauta de oportunidade; bom-humor e leveza ao apresentar os conteúdos. “Também prestamos atenção especial às interações e ao monitoramento do que está sendo falado sobre a Totvs nas redes sociais”, explica Helena Fonseca, analista de Marketing da empresa.

“Somos hoje a maior empresa de tecnologia do Brasil, com mais de 40 mil clientes dentro e fora do país. De certa forma, o mercado tem muito interesse em saber como nos posicionamos. Queremos dialogar e criar relações sinceras com nosso público: falar da importância e do nosso amor pela tecnologia e também sobre o quanto ela é essencial para a transformação de negócios. Observar o nosso crescimento nas redes mostra que o público quer saber o que nossa empresa tem a dizer e quer conversar conosco, estabelecendo um vínculo com a marca”, afirma.

Por sua vez, a Usiminas amplia seu engajamento ficando sempre de olho nas particularidades de cada rede, e desenhando sua estratégia com o objetivo de dialogar com cada um desses públicos. “No LinkedIn e no Instagram percebemos uma procura por pautas relacionadas a políticas de Diversidade e Inclusão da empresa. Estas são redes estratégicas para reforçarmos os valores e o DNA da Usiminas”, explica Ludmila Bifano,  coordenadora de Comunicação Interna e Redes Sociais.

 “Já nas redes locais priorizamos o diálogo próximo com as comunidades em que as nossas unidades estão inseridas. Nestas redes, o desafio é encontrar o equilíbrio entre pautas que trazem as mensagens-chave da empresa e os assuntos de relevância comunitária, como ações sociais e culturais promovidas pela Usiminas. Além de criarmos pautas específicas para essas redes, reforçamos seu caráter regional”, acrescenta. 

Investimentos crescentes e gestão das redes

Todas as empresas foram unânimes ao confirmar que investem mais na gestão de redes sociais. Sem especificar o valor revertido para essas ações especificamente, elas contam que realizam investimentos tanto em pessoal – com a contratação de profissionais especializados – quanto com impulsionamento de conteúdo dentro de cada um dos canais, de acordo com o tipo de resultado esperado pelo planejamento estratégico.

No caso da Natura, para a gestão do Linkedin, a empresa tem a atuação do time de Reputação e Comunicação Corporativa e conta com o apoio de uma agência parceira, a Weber Shandwick, na produção de conteúdo, interação e análise de dados, sem investimento em anúncios.  Para o Instagram, o grupo tem uma equipe interna dedicada, com especialistas em planejamento, conteúdo, social listening e CX, e também com apoio de agências parceiras de publicidade – Africa e a DPZ&T –, para grandes campanhas e gestão de conteúdo “real time”. 

Já  Latam Brasil conta com uma equipe 100% dedicada às redes da companhia de forma global e também de forma exclusiva no time Brasil, visto que, exceto Instagram e TikTok, as demais redes são locais (Youtube, Facebook, Twitter e Linkedin). Além disso, a empresa tem a Graphene, agência parceira que faz parte do grupo IPG, e que auxilia a empresa de aviação com tudo que diz respeito à sua estratégia e operação nas redes sociais. 

A BRF traçou um plano de investimento específico para suas redes sociais, com um montante em torno de 11% da verba total de marketing. A companhia de alimentos também investe de forma específica em campanhas de oportunidade. Para a gestão das redes, o grupo conta com um time dedicado às redes sociais, que integra a área de Reputação Corporativa e atua em conjunto com as agências Talent e Remix, que dão apoio à equipe interna.

Na Via, por sua vez, a área de Comunicação Corporativa é responsável pela estratégia, curadoria e criação de conteúdo, e conta com uma agência para as artes e a criação de calendário de conteúdo e de estratégia digital. Em algumas campanhas de grande impacto, a companhia faz investimentos em mídia paga e em  ações com influenciadores, que fazem o papel de divulgar os projetos e os resultados alcançados para seus seguidores.  

Gestão das redes das B2B

“Top 2” das B2B, a Gerdau confirma que aumenta ano a ano seus investimentos em mídias sociais, mudando gradativamente a matriz de investimento em mídia. Hoje, o investimento nas redes já representa mais de 15% do orçamento da área de Marca Institucional. A gestão das redes da empresa é feita de acordo com uma Diretriz Corporativa Global, que direciona as políticas para o uso de mídias sociais nos dez países em que a Gerdau opera. Além disso, a companhia tem dentro do seu time de comunicação e marca uma executiva dedicada à gestão dos processos de redes sociais, bem como agências de monitoramento, conteúdo e performance.

Na Votorantim Cimentos, a gestão das mídias sociais é realizada de forma compartilhada entre as áreas de Comunicação Corporativa & Marca Institucional e de Comunicação Integrada de Marketing. O grupo tem profissionais dedicados à gestão e estratégia digital, com  olhar integrado e completo. Também há uma agência terceirizada que apoia na estratégia e na produção de conteúdo.

A Totvs também possui, dentro de seu departamento de Marketing, um time dedicado a cuidar das redes sociais, com especialistas de mercado totalmente focados em trabalhar a presença da companhia nas redes, para assegurar a personalidade da marca em todos os canais. Além da equipe interna, a empresa também tem também agências que apoiam a operação.

A gestão das redes sociais é um dos eixos que compõem a Diretoria de Comunicação e Relações Institucionais da Usiminas. Assim como nas outras frentes, o grupo conta com uma verba dedicada a iniciativas que fortalecem sua atuação estratégica nos canais em que atuam. O trabalho é realizado em conjunto com a Link Comunicação, agência parceira na gestão dos conteúdos. Todo o trabalho é norteado também por um conjunto robusto de indicadores e metas.

A atuação das companhias em canais proprietários é um caminho sem volta. Dessa forma, investimento e boa gestão em redes sociais são fundamentais para a comunicação da empresa com seus diversos públicos em tempos de comunicação ágil e digital.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa da Aberje

 

Deixe seu comentário

Assine a newsletter

e fique por dentro de tudo sobre Metalurgia, Materiais e Mineração.