Uma reserva de nióbio e terras raras descoberta no nordeste da Sibéria acaba de ser considerada a terceira maior reserva do mundo
Fonte: Click Petróleo e Gás
A terceira maior reserva de nióbio é descoberta no nordeste da Sibéria na Rússia. De acordo com a mineradora Polymetal, ela – que está localizada em Tomtor, cidade formada por várias pequenas aldeias da República de Sajaá – já foi avaliada e confirmados sua escala e seu alto conteúdo.
E não para por aí: além da jazida de nióbio, o local também guarda uma grande quantidade de minérios de terras raras. Terras raras são necessárias para produzir quase qualquer item moderno de alta tecnologia, incluindo smartphones, computadores, chips e até fuselagens de jatos de caça.
De acordo com uma fonte citada pelo Russia Today, um estudo de viabilidade de um projeto começará em breve, e a construção de uma fábrica de mineração capaz de produzir 160 mil toneladas anual está prevista para 2025.
O que são terras raras?
O termo terras raras é desconhecido, mas é o nome comum de 17 elementos químicos: escandinávia, itrio e os 15 elementos do grupo de lantanídeos são: Lantânio (La), Cério (Ce), Praseodímio (Pr), Neodímio (Nd), Promécio (Pm), Samário (Sm), Európio (Eu), Gadolínio (Gd), Térbio (Te), Disprósio (Dy), Hólmio (Ho), Érbio (Er), Túlio (Tm), Itérbio (Yb) e o Lutécio (Lu).
Deve-se notar, dizem especialistas, que essa classificação não considera a série de actinides.
Embora o nome terras raras possa levar à conclusão de que estes são elementos escassos na crosta terrestre, alguns elementos como cério, itrium e neodímio são mais abundantes.
De acordo com a literatura consultada, esses minérios são descritos como “raros” porque é muito raro encontrá-los de forma pura, embora haja depósitos de alguns deles em todo o mundo.
Brasil é o maior fornecedor global de nióbio, um mineral encontrado em grande escala em reservas indígenas na Amazônia
É no município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas que se encontra umas das maiores reservas de nióbio no mundo, um mineral com grande diversidade de aplicações. Na Floresta Amazônia, o território fica na fronteira do Brasil com a Venezuela e a Colômbia.
Ainda que o total de minério estimado na reserva seja cerca de 2,9 bilhões de toneladas de nióbio, a área não pode ser explorada por estar localizada em território indígena e dentro das áreas de proteção ambiental Parque Nacional do Pico da Neblina e da Reserva Biológica Estadual do Morro dos Seis Lagos.
Além da Amazônia, outra grande reserva de nióbio em operação fica na cidade de Araxá, na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Só em Araxá, as reservas são estimadas em mais de 800 milhões de toneladas do minério, volume suficiente para garantir ainda mais de 100 anos de produção, mantida a atual demanda. Mas se forem considerados os depósitos em rochas subterrâneas, a capacidade de exploração de mineração é estimada em mais de 400 anos.
Atualmente, o nióbio produzido em Minas Gerais pela mineração CBMM é exportado para mais de 50 países, em maior potencial para atender empresas siderúrgicas.
Uso do nióbio
O nióbio, um mineral tão precioso, é usado em ligas, principalmente em aço, que é reforçado adicionando uma pequena porção desse elemento, mas também pode ser usado em joias, óptica, eletrônica e no setor nuclear, dizem especialistas.
O nióbio é utilizado em maior escala na produção de aços especiais e superligas. O nióbio tem a função de “refinar”. Bastam apenas 400 gramas por tonelada para gerar aços mais leves e resistentes.
Na mineração o metal é vendido na forma da liga ferronióbio (com cerca de dois terços de teor de nióbio e um terço de ferro) e empregado em automóveis, turbinas de avião, gasodutos, navios, aparelhos de ressonância magnética, aceleradores de partículas, lentes e até piercings e bijuterias.
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