SENAI oferece qualificação profissional ao setor de mineração
Setor forte desde o período colonial, a mineração nacional faturou R$ 339 bilhões em 2021, alta de 62% em comparação aos R$ 209 bilhões registrados no ano anterior, segundo dados do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração).
Foi produzido 1,150 bilhão de toneladas de minério no Brasil durante o ano passado. Esse número é 7% maior em relação a 2020, quando foram contabilizadas 1,073 bilhão de toneladas.
Esse aumento está atrelado ao estado que carrega a importância da atividade no nome: Minas Gerais, um dos maiores produtores de minério do país, ao lado do Pará. De acordo com o Ibram, MG foi responsável por 42% do faturamento global da indústria da mineração brasileira em 2021 (R$ 143 bilhões).
Se por um lado a produção e o faturamento estão a todo vapor em Minas Gerais, não se pode dizer o mesmo da mão de obra qualificada disponível no estado. É o que garante o Sindiextra (Sindicato das Indústrias Extrativas de Minas Gerais).
“O setor tem encontrado dificuldade para a contratação de mão de obra qualificada, especialmente no nível técnico. Desde o início da pandemia, houve um aquecimento do mercado de commodities, que favoreceu o setor mineral brasileiro. Esse aquecimento acabou se traduzindo em uma escassez de mão de obra, informa o Sindiextra.
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizou em 2020 um estudo sobre o perfil do trabalhador do setor minerário em Minas Gerais e o panorama do mercado de trabalho para esses profissionais.
De acordo com esse levantamento, 1.612 empresas ligadas ao setor extrativo mineral foram responsáveis por empregar 64.898 trabalhadores naquele ano. Os três setores que mais geraram postos de trabalho foram:
- Extração de Minério de Ferro: 38.114 empregos
- Extração de Pedra, Areia e Argila: 10.969 empregos
- Extração de Minerais Metálicos Não Ferrosos: 10.243 empregos
Ainda segundo o estudo do MTE, do total de funcionários ligados ao setor de mineração, a maior parte (38%) era formada por profissionais com idades entre 30 e 39 anos. Apenas 59,7% deles tinham ensino médio completo.
Atento à alta demanda, o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), por meio de suas unidades espalhadas pelo estado, promove a qualificação oferecendo cursos de iniciação profissional e básica e aperfeiçoamento profissional.
Foi o que Kenia Mara de Oliveira, 36 anos, fez. Entre 2019 e 2021, ela cursou o técnico em mineração na unidade do SENAI de Nova Lima (MG). Hoje, ela atua na área de perfuração e desmonte de rochas na mineradora Vale. “O Senai é uma instituição com muito respeito no mercado. Com a minha formação em técnico em mineração, as portas se abriram para que hoje eu consiga liderar uma equipe e ser melhor recompensada em meu trabalho”, afirma Kenia.
O SENAI é um dos cinco maiores complexos de educação profissional do mundo e o maior da América Latina. Atualmente, está presente em mais de 2 mil cidades.
A oferta de cursos do SENAI leva em conta a demanda regional levantada junto às empresas integrantes do sistema, nesse caso, as do setor de mineração, de maneira que a formação profissional esteja alinhada com o mercado. “O SENAI nos ajuda muito, pois temos toda a noção prática do processo de mineração”, diz a profissional.
Para saber mais sobre os cursos de qualificação profissional em mineração, acesse a página do SENAI.
Fonte: R7 (texto Renato Fontes)
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