ABM - Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração

Projeto quer impulsionar adoção de medidas de eficiência energética no Brasil

Programa PotencializEE, realizado pelo Ministério de Minas e Energia em parceria com a Agência Alemã de Cooperação Internacional, tem como objetivo a modernização e eficientização das instalações das indústrias a fim de torná-las mais sustentáveis.

Calor recorde na Europa, tempestades devastadoras no Brasil e na Índia e o derretimento dos Alpes são apenas alguns dos incidentes climáticos recentes que mostram a necessidade urgente de combate ao aquecimento global.

Uma das ações mais eficazes de combate às mudanças climáticas é a implementação de medidas de eficiência energética combinadas ao uso de fontes de energia renovável pelas indústrias e pelo comércio, que, juntos, consomem 60,94% da energia elétrica do Brasil. Diante do cenário atual, implementá-las deixou de ser somente uma questão de estratégia financeira para empresas, mas a garantia da herança de um planeta saudável para as gerações futuras.

A eficiência energética possibilita o uso de menos energia para fazer um mesmo trabalho ou produzir mais com menor custo e consumo energético. Quanto menores forem às perdas de energia e o uso de recursos naturais para atingir um propósito específico, maior será o grau de eficiência energética.

Através do PotencializEE, programa liderado pelo MME (Ministério de Minas e Energia) e coordenado pela GIZ (Agência Alemã de Cooperação Internacional), pequenas e médias empresas (PMEs) de São Paulo recebem visitas de especialistas capacitados pelo Senai-SP, que desenvolvem diagnósticos energéticos e acompanham processos de modernização e eficientização das instalações das indústrias a fim de torná-las mais sustentáveis.

O projeto de eficiência energética indicado pelos especialistas do PotencializEE inclui medidas de redução e otimização do consumo de combustíveis e eletricidade nos processos da indústria. Quando as proposições apresentadas são implementadas apropriadamente, resultam em uma diminuição do consumo e consequentemente, dos custos relacionados aos diversos tipos de recursos utilizados, como água, gás, eletricidade etc., sem alterar os níveis de produção e qualidade do produto final do empreendimento.

De acordo com a IEA (International Energy Agency), outros benefícios da eficiência energética são a redução de emissão de gases do efeito estufa, melhoria da produtividade industrial, aumento da disponibilidade de energia, segurança energética e valores dos ativos, a geração de empregos e, consequentemente, a diminuição da pobreza, uma maior preservação de recursos e aumento da competitividade frente à concorrência.

Apesar da eficiência energética e da energia renovável se referirem à temática da energia, a primeira envolve a economia do consumo e a outra às novas fontes de geração que não agridem o ambiente, como a eólica, solar, biomassa e hidrogênio verde. Complementares, ambas reduzem os impactos ao meio ambiente, o principal objetivo do PotencializEE.

A eficiência energética pode ser ainda mais vantajosa quando combinada com medidas de utilização de energias renováveis. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a energia eólica chegou a 15 mil MW de potência instalada em abril de 2020, enquanto a geração distribuída fotovoltaica alcançou os 3 GW no mês de junho deste ano, totalizando uma taxa média de crescimento de 230% ao ano no país desde 2013.

Combinar EE e ER é essencial para as metas do PotencializEE. Até o fim de 2024, o programa estima que as PMEs cadastradas devem deixar de lançar na atmosfera 1,1 milhão de tonelada de CO2 e proporcionem uma redução de 7,267 Gigawatts/hora no consumo de energia.

“O foco na economia do consumo de combustíveis fósseis na indústria, em conjunto com a economia da energia elétrica, é um dos fatores que diferenciam o PotencializEE de outros programas”, afirma o diretor do PotencializEE, Marco Schiewe.

A eficiência energética e a energia renovável caminham juntas em duas grandes etapas. Primeiro, a EE é implementada e, depois, a ER é incorporada. Se a ordem fosse invertida, os resultados não seriam satisfatórios e se assemelhariam a “encher um balde furado com água da chuva”.

Para melhor visualização do cenário, pode-se pensar, por exemplo, em um sistema de energia solar instalado em um prédio que utiliza somente lâmpadas incandescentes e ar condicionado ineficiente. Apesar de a fonte ser renovável e não emitir carbono, a eficiência energética nessa estrutura seria nula por causa dos equipamentos inapropriados que consumiram altos níveis de energia que luzes de led e um ar condicionado novo.

O projeto elaborado pelos especialistas do PotencializEE prevê a implementação de ferramentas que possibilitam a Eficiência Energética, após a realização de um pré-diagnóstico energético gratuito. PMEs de qualquer segmento de São Paulo com até 499 funcionários podem se inscrever no PotencializEE através do site do programa.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa do Programa PotencializEE

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