Mineradoras devem investir US$ 38 bilhões até 2025
Em entrevista coletiva realizada na quinta-feira (22/4), o Ibram anunciou que até 2025, 92 projetos de empresas das mineradoras do Brasil devem receber aportes no total aproximado de US$ 38 bilhões. Esses empreendimentos estão situados na área de influência regional de mais de 81 municípios, em vários estados.
Ainda durante a coletiva, foi divulgado os resultados do setor de mineração do primeiro trimestre do ano. De acordo com a entidade, a produção mineral no período teve crescimento de 15% em toneladas em relação a igual período de 2020.
Em razão da variação cambial, da elevação dos preços de minérios no mercado internacional, entre outros fatores, o faturamento com a negociação/exportação da produção chegou a R$ 70 bilhões, um crescimento de 95% neste 1º trimestre do ano. O minério de ferro responde por 70% desse faturamento, o ouro por 11%, o cobre por 5% e a bauxita por 2%.
Exportação
O saldo da balança comercial de minérios (US$10,7 bilhões), que é o resultado de exportações menos importações, foi decisivo para um desempenho positivo da balança comercial brasileira, tendo o saldo Brasil sido de quase US$ 8 bilhões. Assim, a contribuição do saldo mineral para o saldo brasileiro, no 1º trimestre, foi de 135%. As exportações de minérios aumentaram 102%, em dólar.
“A mineração que o Ibram representa é aquela que atua com boas práticas voltadas a promover a sustentabilidade. Nosso setor mostra, inclusive em números, que é essencial e estratégico para o Brasil vislumbrar a superação dos imensos desafios impostos, em especial, pela pandemia, quando a economia mundial ainda apresenta sinais de fragilidade”, diz Flávio Ottoni Penido, diretor-presidente do Ibram.
Flávio Penido ressalta que a mineração passa por um ciclo ascendente, tanto em seu desempenho quanto na geração de benefícios para a nação como um todo. É, segundo ele, o momento ideal de o país criar melhores condições para que a atividade legalizada possa se expandir.
“Quando a mineração está em um ciclo positivo ela assegura insumos e impulsiona negócios para milhares de empresas de todos os portes e de praticamente todos os segmentos, o que é extremamente positivo para a economia nacional”, afirma. “Os dados que divulgamos mostram que a sociedade deve enxergar a mineração como uma parceira para o desenvolvimento socioeconômico perene do país”, acrescenta.
Geração de empregos
Com base em dados oficiais do governo, divulgados em 15 de abril, o setor mineral criou cerca de 11 mil novos empregos diretos, no 1º trimestre de 2021, ou seja, 6% a mais do que no 1º trimestre de 2020. As vagas diretas abertas nas mineradoras geram empregos indiretos da ordem de 1 para 11 ao longo das cadeias produtivas, segundo o Ibram.
Pandemia
Nos cálculos do Ibram, desde o começo da pandemia as mineradoras destinaram mais de R$ 1 bilhão para iniciativas de combate ao coronavírus.
“Passados pouco mais de um ano do início da pandemia, o desempenho registrado no 1º trimestre de 2021 é mais uma prova do acerto de a indústria da mineração ter tomado a decisão – logo nos primeiros meses de 2020 – de privilegiar ações em prol da saúde e da segurança das pessoas, tanto no ambiente de trabalho como no entorno das operações minerárias”, avalia Wilson Brumer, presidente do Conselho Diretor do IBRAM.
“Ao ser comprovadamente viável manter a produção em um clima de plena segurança, o setor tem conseguido compartilhar os benefícios resultantes com toda a sociedade brasileira, exemplificados por meio da elevação no recolhimento de tributos, na criação – e manutenção de empregos –, na geração de negócios para empresas de vários setores e também na multiplicação das divisas para o país”, completa.
Faturamento
O faturamento da indústria da mineração no 1º trimestre de 2021, sobre uma produção comercializada de 227 milhões de toneladas, foi de R$ 70 bilhões, uma elevação de 95%, em razão de vários fatores, como a variação cambial e a valorização dos preços internacionais de minérios. A taxa cambial média subiu de US$ 4,46 para US$ 5,47 do 1º trimestre de 2020 para o deste ano. Já a média de preços do minério de ferro – item mais exportado pelo setor mineral – quase dobrou: variou de US$ 88,97 a tonelada para US$ 166,88 a tonelada. Outras substâncias minerais também observaram elevação de preços: alumínio 23,7%; cobre 50,5%; estanho 55,8%.
Estados
Minas Gerais apresentou maior variação no faturamento no 1º trimestre de 2021 em relação ao 1º trimestre de 2020: 118% totalizando R$ 28 bilhões, o que significa 40% do total. Em seguida vieram Pará com 94% e R$ 31 bilhões (44% do total); Bahia com 94% e R$ 2 bilhões; Mato Grosso com 90% e R$ 1,4 bilhão; Goiás com 47% e R$ 1,8 bilhão; São Paulo com 19% e R$ 1,3 bilhão.
Minerais
O minério de ferro observou a maior variação em faturamento: 118% totalizando R$ 49 bilhões. Em seguida vieram ouro com variação de 85% e faturamento de R$ 7,5 bilhões; cobre com 67% e R$ 3,8 bilhões; bauxita com 27% e R$ 1,4 bilhão; granito com 51% e R$ 1 bilhão; calcário dolomítico com 50% e R$ 900 milhões.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Ibram
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