Metso Outotec mira no Plano Nacional de Fertilizantes e participa de congresso do setor
A guerra na Ucrânia complicou o fornecimento de fertilizantes para o Brasil e levou o governo federal a criar o Plano Nacional de Fertilizantes – PNF 2050 - para endereçar as demandas futuras dos insumos para a agricultura. Apostando na planificação federal, a Metso Outotec reforçou sua estratégia para o setor, com a oferta tecnológica de plantas para produção de fertilizantes organominerais e de remineralizadores.
Essas duas linhas de negócios – que já têm implantação real no Brasil – vão ser o destaque da empresa durante o 9º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, promovido pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), em 23 de agosto, em São Paulo, no modelo presencial e online. Os dois temas também estão alinhados com as políticas de inovação e de ESG (meio-ambiente, responsabilidade social e governança) destacados pela ANDA.
Plantas de fertilizantes organominerais
De acordo com o PNF 2050, o mercado de fertilizantes organominerais (FOM) cresceu 19,5% em 2019 e há a expectativa de maior apoio do governo federal para ganhar escala, bem como necessidade de adaptação do arcabouço regulatório de acordo. Um dos desafios é resolver o cenário de produtos ainda são bastante primários (geralmente granulados simples) e com pouca padronização do teor de nutrientes.
“Nossa oferta é completa, desde a consultoria até a fornecimento e ativação turnkey de plantas de fertilizantes organominerais”, explica José Roberto Malaman, gerente sênior de Vendas para a área de fertilizantes da Metso Outotec. Ele lembra que esse tipo de planta cria um círculo virtuoso para o agronegócio, pois são ativadas em frigoríficos, aproveitando resíduos orgânicos e ampliando a cadeia de valor.
As soluções da empresa para essa área envolvem pesquisa e desenvolvimento da melhor rota de processo, execução da engenharia, dimensionamento e especificação das plantas, além do detalhamento de projeto e fornecimento dos principais equipamentos. A participação pode envolver ainda a supervisão de montagem e execução do comissionamento da planta, start up e testes operacionais.
A Metso Outotec já tem plantas desse tipo operacionais no Brasil e vários projetos em etapas diferentes de implantação.
Tecnologia de remineralizadores
No caso da cadeia emergente dos remineralizadores (REM), a aposta do PNF 2050 é que esse mercado é uma oportunidade de o Brasil diminuir a dependência externa de aquisição de fertilizantes, uma vez que potencializa a eficiência de uso de nutrientes e a melhoria dos solos agrícolas. O REM poderá ser um importante subproduto de parte das mais de 9,5 mil pedreiras ativas no país.
Dados do PNF 2050 indicam que o mercado atual está crescendo rapidamente, passando de 650 mil toneladas comercializadas em 2019 para 1,1 milhão de toneladas em 2020, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. A ampliação da oferta deve ser acompanhada pelo cuidado nos processos de beneficiamento, com foco em aumentar a eficiência de produção de granulometria adequada e com baixo custo energético.
“A Metso Outotec domina esse processo e tem as soluções mais adequadas para esse mercado, incluindo a linha HRC, de britagem de rolos de alta pressão”, explica Malaman. De acordo com ele, o equipamento tem um ótimo custo benefício pela capacidade de transformar os finos de pedreiras em remineralizadores, com baixos custos operacional e energético.
Combinada com a peneira vibratória tradicional, a britagem de alta pressão controlada, permite a produção constante do remineralizador com granulometria esperada. A tecnologia também pode ser adaptada para plantas móveis, que incluem HRC, silo e peneiras, montadas sob caminhão e que podem ser deslocadas para diferentes pedreiras. As plantas móveis podem ainda produzir a chamada areia de brita.
Projetos em plantas tradicionais
Além dos mercados de organominerais e remineralizadores, a Metso Outotec também tem atendido a expansão de plantas tradicionais de fertilizantes. Os projetos podem envolver o fornecimento de equipamentos, incluindo alimentadores vibratórios, britadores, peneiras vibratórias e tambores giratórios, entre outros. A parceria, no entanto, pode ser expandida uma vez que a Metso Outotec tem engenharia e fabricação no Brasil.
Em qualquer frente, a meta da companhia é estar alinhada com o PNF 2050, cujos objetivos preveem o aumento da produção local de fertilizantes até 2050, incluindo ações como as novas tecnologias, caso do uso de insumos minerais, além de manter políticas de sustentabilidade. O plano deve contrabalançar o desiquilíbrio atual, uma vez que mais de 85% dos fertilizantes utilizados no país são importados, evidenciando um elevado nível de dependência de importações em um mercado dominado por poucos fornecedores.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Brasil ocupa a 4ª posição mundial com cerca de 8% do consumo global de fertilizantes, sendo o potássio o principal nutriente utilizado pelos produtores nacionais (38%). Na sequência, aparecem o fósforo com 33% do consumo total de fertilizantes, e o nitrogênio, com 29%. Juntos, formam a sigla NPK, tão utilizada no meio rural. Dentre as culturas que mais demandam o uso de fertilizantes estão a soja, o milho e a cana-de-açúcar, somando mais de 73% do consumo nacional.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Metso Outotec
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