Metso Outotec e Anglo American desenvolverão juntas projeto com foco na sustentabilidade
A Metso Outotec, uma das líderes mundiais em soluções para os setores de mineração, agregados minerais e fertilizantes, juntou-se à Anglo American no projeto de capacitação de agricultores familiares em Conceição do Mato Dentro (MG). O projeto de cunho sócio-ambiental é uma iniciativa da Anglo American e deve envolver duas fases: a primeira é o treinamento e instalação de uma unidade de sistemas agroflorestais (SAFs) numa área de 300 m2.
Na segunda etapa, os próprios agricultores vão ativar a segunda unidade do SAF, de mesma área, mas continuam a receber o suporte técnico, além de insumos e de ferramentas necessárias para a implantação. “A oficina de três dias tem como objetivo capacitar os agricultores na técnica de sistemas agroflorestais e destacar a importância do manejo constante das áreas implantadas”, explica Ianna Santana Souza, engenheira florestal e doutoranda em produção vegetal. A especialista é gerente de projetos da Sertão Consultoria Florestal, empresa responsável pela capacitação e pelo acompanhamento das duas unidades de SAF.
De acordo com a Ianna, esse tipo de iniciativa já foi adotado em várias áreas no Brasil e a capacitação e treinamento realizados em Minas Gerais envolvem a oficina com atividades teóricas, práticas e a trocas de experiências com os agricultores familiares.
“Apresentaremos aos participantes as diferentes possibilidades de utilização dos sistemas agroflorestais, ressaltando a legislação ambiental vigente e listando os inúmeros benefícios proporcionados aos agricultores e ao ambiente em que ele é implantado”, explica.
O treinamento indica, inclusive, como os agricultores podem ter suporte adicional em instituições públicas, caso precisem, para o manejo das unidades de SAF.
Embora seja uma técnica conhecida, os sistemas agroflorestais têm potencial para serem adotados por agricultores familiares, que podem desfrutar da colheita de várias espécies num prazo de tempo menor que se adotassem uma monocultura. Isso acontece porque os SAF consorciam a produção de espécies agrícolas e florestais na mesma área, inclusive com produção de biomassa que favorece as culturas plantadas e a recuperação de área degradadas. A técnica permite a produção de hortaliças como abobrinha e rúcula, em curto prazo, ao mesmo tempo que incentiva a plantação de eucaliptos – médio prazo – e de espécies de maturação mais demorada, como o Jatobá.
O resultado final, segundo Ianna, é um ambiente biodiverso, com mais de 100 espécies vegetais numa área de 300 m2. A ideia de concentrar a produção nessa área visa a facilitar o manejo e permitir que a sinergia entre as espécies melhore a nutrição das plantas e do solo. Para os agricultores, a técnica é interessante, pois eles podem desfrutar da colheita de produtos mais rapidamente e realizar a troca de produtos entre eles. Além da autossuficiência alimentar, o projeto também privilegia a sustentabilidade econômica. É caso da plantação de café, uma cultura sempre valorizada para comercialização.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Metso Outotec
Deixe seu comentário