Indústria mineral ressalta a importância de evoluir em diversidade e inclusão
O diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) Raul Jungmann, salientou a importância da diversidade e inclusão, dentro e fora das empresas, durante a abertura da Diversibram 2023 - A Mineração sem Rótulos. “Historicamente, a democracia pode ser lida como um processo de inclusão daqueles que estão excluídos dos direitos. No passado, mulheres não tinham o direto pleno. Lutaram muito para os adquirir. E, hoje, podemos acreditar que as mudanças ocorreram, mas, ainda temos desafios que enfrentaremos para construir juntos um novo capítulo da história mundial”, analisou.
Jungmann reforçou a necessidade de se debater o tema e como ele é fundamental para o crescimento e o amadurecimento das empresas do setor mineral. “As mineradoras diversas e plurais são mais democráticas. As vozes com todos os tons e suas origens trazem contribuições e enriquecem o trabalho nas nossas empresas. Temos muito orgulho de nos tornarmos um setor cada vez mais diverso”, afirmou.
O presidente da Anglo American Brasil e do Conselho Diretor do Ibram, Wilfred Bruijn, apresentou um testemunho sobre como a mineradora que preside tem trabalhado a temática. “Diversidade, no mundo corporativo, precisa espelhar o retrato da nossa sociedade. Hoje temos uma companhia que prioriza a diversidade, com grupos de trabalhos internos para debater assuntos ligados a este tema. Em nossa diretoria, temos 10 cadeiras, sendo 4 ocupadas por mulheres. Percebemos o quanto elas enriqueceram nossas pautas. Também atingimos a marca de 5% dos nossos funcionários que apresentam alguma deficiência”, afirmou.
A diretora Latam da Hexagon e presidente do Women in Mining Brasil (WIMBrasil), Patricia Procópio, disse que a Diversibram proporciona visibilidade para o setor mostrar suas ações sobre o tema: “O caminho ainda é longo, mas estamos crescendo. O último relatório do WIMBrasil mostra que cerca de 17% dos trabalhadores no setor são mulheres. Em 2020 éramos apenas 13%”.
O deputado federal Zé Silva (Solidariedade/MG) evidenciou a importância do protagonismo feminino na indústria e lembrou que essa temática também será fortalecida na Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin), da qual é presidente. Ela foi instaurada no dia 22 na Câmara dos Deputados. “A mineração para ser sustentável precisa ser inclusiva. Temos que superar os desafios e construir um ambiente ainda mais diverso nesta indústria. Afinal a mineração é importante para gerar mais qualidade de vida, saúde, educação e investimentos”, disse.
A gerente sênior de Gestão de Talentos na Mosaic Fertilizantes e coordenadora do grupo de trabalho de D&I do IBRAM, Marina Antwarg, lembrou que a evolução já aconteceu, mas que é necessário este debate para melhorar ainda mais o ambiente de trabalho na mineração. “A Diversibram proporciona um espaço para fortalecer a diversidade nas empresas, de forma a compartilhar conhecimento e boas práticas. É necessário que o setor mineral possa ser ainda mais acolhedor, respeitoso e que valorize as diferenças”, analisou.
Por fim, o gerente global de Cultura da Vale, Salim Khouri, acrescentou que debates como estes são fundamentais para o setor acelerar e inspirar outras indústrias: “A garantia do respeito aos direitos humanos e a contribuição do setor privado no combate às diversas formas de desigualdade é algo fundamental para transformar o mundo e, principalmente, os negócios”.
Ele afirmou que essa pauta ganhou relevância desde 2019 na Vale, quando foram estabelecidos alguns compromissos públicos sobre o tema. “Hoje estamos com 22% de mulheres e a previsão para 2025 é chegar à marca de 26%. Em 2021, também foram assumidos pela empresa compromissos com a diversidade ética racial. Atualmente, a Vale possui cerca de 64% de funcionários negros e pretende atingir a marca de 40% de pessoas negras nas posições de lideranças até 2026. Hoje já temos 30%”, finalizou.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Ibram
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