ABM - Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração

Gerdau investirá R$ 2,3 bilhões em operações de aços especiais

De acordo como o CEO da empresa, investimento acontecerá em um período de cinco anos e deve se concentrar na unidade de Pindamonhangaba, no interior de São Paulo.

A Gerdau  participou nesta terça (30) da reunião da Apimec (Associação dos Profissionais de Investimentos de Mercado de Capitais), com destaque para o desempenho financeiro e a jornada ESG (Environmental, Social and Governance, na sigla em inglês) da companhia. Além dos resultados, os executivos Gustavo Werneck, CEO, Harley Scardoelli, CFO, e Marcos Faraco, vice-presidente, falaram sobre visão de futuro e trouxeram as expectativas da empresa para o próximo ano nos mercados em que está presente.

No ano em que completa 120 anos de história, a Gerdau deu início a um novo ciclo de crescimento sustentável e registrou resultados financeiros recordes. A empresa avança de forma acelerada em dois grandes desafios: gerar mais valor para clientes e se tornar ainda mais sustentável. A empresa tem se beneficiado de seu modelo de negócios, a partir da pluralidade geográfica e a diversificação de rotas de produção, incluindo minério de ferro, sucata e carvão vegetal (ou biorredutor).

Gustavo Werneck destacou, em seu discurso, que o mercado de aços especiais segue promissor no Brasil tanto pela demanda por veículos pesados quanto pelo segmento de energia eólica, que alcançou 20 gigawatts de capacidade instalada no País.

"Estamos investindo mais de R﹩ 2,3 bilhões para a modernização e ampliação das nossas operações de aços especiais em um período de cinco anos. Boa parte deste valor é destinada à unidade de Pindamonhangaba, onde iniciaremos a operação de um novo lingotamento contínuo em agosto de 2022, resultando em um processo mais automatizado e com melhor rendimento. Também destaco a retomada da produção de fio-máquina na planta de Charqueadas, para abastecer o mercado de fixadores, e a importante conclusão da modernização da usina de Monroe, nos Estados Unidos", disse.

A Operação de Negócio América do Norte, que inclui as unidades de aços longos nos Estados Unidos, atingiu capacidade acima de 90% devido à manutenção da demanda por aço em patamares altos, e a empresa está otimista com as projeções do pacote de investimentos em infraestrutura anunciado, avaliado em US﹩ 1,2 trilhão.

"Destaco também que seguimos empenhados em viabilizar formas renováveis de produção de energia. Iniciamos a construção de um parque solar adjacente à nossa usina de Midlothian, no Texas, que permitirá que a unidade funcione movida a energia solar", apontou Werneck.

Faraco destacou o ano positivo até o momento, com capacidade de produção em torno de 80% no Brasil. Segundo ele, o dado se deve ao bom desempenho de alguns setores, como a construção civil, que aumentou em 40% sua demanda em 2021 no Brasil e segue com tendência positiva para o próximo ano. O executivo também destacou a retomada da infraestrutura esse ano, além do setor industrial, com destaque para a agricultura (máquinas, tratores, colhedeiras), máquinas amarelas (crescimento de quase 50% em 2021) e energia (são mais de 20 parques eólicos com produtos Gerdau em 2021, com tendência de crescimento).

Com a demanda em alta, Faraco comunicou que a estratégia da Gerdau inclui crescimento, com investimentos nas usinas de Ouro Branco (MG), Caucaia (CE) e Araucária (PR) e em perfis estruturais; sustentabilidade, com o aumento da base florestal para produção de carvão vegetal utilizado na produção; investimento em Indústria 4.0; e valor agregado, com a expansão dos portfólios e capilaridade proporcionada pelas unidades da Comercial Gerdau.

Scardoelli trouxe os resultados do ano até agora. A Gerdau encerrou o terceiro trimestre de 2021 com Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de R﹩ 7 bilhões, recorde nos 120 anos de história da empresa, e com margem Ebitda ajustada de 32,9%. A empresa teve um fluxo de caixa livre positivo de R﹩ 3,8 bilhões no terceiro trimestre, maior valor gerado na série histórica. "O fluxo de caixa corrobora nosso comprometimento com a remuneração adequada do capital investido, somado ao compromisso da companhia com sua posição de liquidez", afirmou.

"Investimos, ao longo de 2021, cerca de R﹩ 1,8 bilhão. A previsão de desembolso de CAPEX para o ano segue estimada em R﹩ 3,5 bilhões, valor que inclui investimentos em modernização e ampliação da capacidade nas operações de negócios no Brasil, na América do Norte e em aços especiais", concluiu Scardoelli.

Por fim, Werneck falou do futuro da companhia. "Nossa visão digital nos proporcionou ganhos reais de quase US﹩ 200 milhões de 2018 para cá. Só em 2021, a receita proveniente da venda de aço em canais digitais mais do que quadruplicou em comparação ao ano anterior, enquanto ganhamos 13 mil novos clientes digitais. É um movimento que deve se acelerar em todos os países em que estamos presentes", contou.

O CEO destacou a aprovação, por parte do Conselho de Administração, da proposta que visa incluir metas de desempenho de indicadores ESG no seu Plano de Incentivo de Longo Prazo (ILP) para a liderança sênior da companhia. Com validade a partir de 2021, a norma estipula que cerca de 20% do valor dos bônus de longo prazo incorporados à remuneração variável dos executivos estarão condicionados ao cumprimento de duas metas ESG: porcentagem de mulheres em cargos de liderança e emissões de gases do efeito estufa. "Além disso, as demais prioridades ESG incluem nosso trabalho com diversidade e inclusão, o mapeamento de todos os riscos que envolvem o negócio e o foco na Gerdau Next, nosso braço de novos negócios, na busca por soluções em sustentabilidade", finalizou.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa da Gerdau

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