ABM - Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração

Fiemg reforça trabalho por uma política de produção de biogás e biometano

Câmara da Indústria de Energia, Petróleo e Gás da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais quer estruturar o estado para a produção de biogás e biometano e assim reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

Investir em biogás e em biometano, o gás verde, além de proporcionar a tão desejada descarbonização, fará girar toda a cadeia produtiva em Minas Gerais. A ponderação da gerente de Energia da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Tânia Mara Santos, foi feita ao longo da reunião da Câmara da Indústria de Energia, Petróleo e Gás da Fiemg, nesta terça-feira (30), sob o comando do presidente da Câmara, Humberto Machado Zica.

Sérgio Pataca, secretário-executivo da Câmara e analista de Mercado de Energia da Gerência de Energia da Fiemg, reforçou que estruturar o estado para a produção de biogás e biometano significa reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEEs), investir na economia circular e na atração de investimentos para Minas Gerais. “O estado tem indústrias de alta geração de matéria orgânica, que podem produzir o biogás. Se beneficiado, ele gera o biometano, muito parecido com o gás natural, um substituto renovável do gás natural”, ponderou

“Temos um potencial a ser desenvolvido e explorado no estado. Queremos fazer o desenvolvimento de traz para a frente, nos desenvolvemos regionalmente e a Gasmig traz o gasoduto, faz a distribuição. Mostramos ao governo onde já funciona, o que funciona e o que o estado precisa fazer. O governo está extremamente interessado e quer mostrar essa proposta de política pública já na COP 27, no Egito, em novembro”, observou Santos.

Investidores

A gerente de Energia da Fiemg ressaltou que há “uma fila de investidores interessados”. A Energisa, por exemplo, pontuou já projeta uma planta piloto de biogás e biometano para o Triângulo Mineiro. Entre os cases que ela revela terem sido repassados ao estado estão o da GNR Fortaleza, que vai atender a 20% do consumo de gás natural do estado do Ceará com a produção de biometano; e o da Cocal Energia Responsável, que faz o biometano a partir da vinhaça e atende Presidente Prudente (SP), que não tinha disponibilidade de gás natural.

Representante da Gerdau na Câmara da Indústria de Energia, Petróleo e Gás da Fiemg, Marcos Prudente considerou a importância de que haja clareza e flexibilização das regras para a aquisição do biometano pelos consumidores. “Em geral, os consumidores de biometano conseguem volumes muito baixos. Essa possibilidade de complementar energia com biometano vai ser um grande fomento para os produtores”, avaliou.

“Estamos com um contrato assinado para fazer uma planta de biogás e biometano em Uberaba, no Triângulo Mineiro, com a vertente de produzir biometano para substituir diesel e GLP”, revelou Hérman Guillermo Zwaal, do Grupo Igás, representante do Fiemg Jovem na Câmara. “Você tem incentivos na produção, com o apelo todo pelo aspecto ambiental, de, literalmente, transformar um passivo ambiental em um projeto econômico”, salientou.

Ao abordar o tema “Cenários para preços de energia elétrica no Brasil”, Stéfano Angioletti, da Grid Energia, avaliou que o cenário internacional de suprimento de energia – em função do conflito entre Rússia e Ucrânia -, pode ser uma oportunidade para o Brasil. “Quem consome energia elétrica precisa ficar muito atento, a gestão desse gasto é muito importante”, frisou, apontando que o consumo de energia na indústria cresceu 2,5% ao ano desde 2019 no país.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais 

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