ABM - Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração

Faturamento da indústria da mineração no Brasil cai 20% no 1º trimestre de 2022

Segundo dados do Ibram, setor faturou R$ 56,3 bilhões no período; produção mineral teve recuo de 13% em relação ao mesmo período de 2021.

A indústria mineral brasileira faturou R$ 56,3 bilhões no 1º trimestre de 2022, na comparção com o mesmo período do ano passado, esse resultado representa queda de 20%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (26/4) pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).  Ainda de acordo com a entidade, a produção de minérios em toneladas caiu 13% em relaçaõ ao 1º trimestre de 2021.

Na avaliação do Ibram, a desaleceração da importações da China e as fortes chuva em Minas Gerais influenciaram o resultado no trimestre. A China, principal compradora de minérios do Brasil, reduziu em 31% as importações no 1º trimestre de 2022, na comparação com o 1º trimestre de 2021, e em 29%, em relação ao 4º trimestre de 2021. E devido às fortes chuvas em Minas Gerais e diversas manutenções em unidades operacionais pelo país a produção teve um recuo nos primeiros meses do ano. 

Investimentos

Em relação ao investimentos, o setor mineral deve investir em cinco anos US$ 40,4 bilhões, sendo que 46% já em execução. Desse total, US$ 4,2 bilhões serão investimentos socioambientais e US$ 36,2 bilhões em produção e em infraestrutura. Os investimentos socioambientais da indústria da mineração são realizados em várias áreas, como: preservação de áreas protegidas; aproveitamento de resíduos; processamento a seco e redução de dependência de barragens; redução no consumo de água; planos de descarbonização; geração de energia solar; autossuficiência energética de fontes renováveis.

O minério de ferro receberá os maiores aportes até 2026: US$ 13,6 bilhões, à frente de minérios de fertilizantes US$ 5,75 bilhões e de bauxita US$ 5,56 bilhões.

Para os próximos meses, o Ibram projeta ligeira recuperação dos resultados, em relação ao 1º trimestre de 2022. Embora a China possa prosseguir em estratégias para buscar estabilidade nos preços de minérios não há sinais de que desaceleração na atividade econômica daquele país. Além disso, a produção brasileira não deverá ser impactada por fenômenos naturais de início do ano, caso das chuvas nas localidades onde se situam as principais unidades de produção.

“Os resultados do 1º trimestre e os volumes expressivos de investimentos ajudam a compreender melhor a importância da indústria mineral para o desempenho econômico do Brasil. Mesmo quando há alguma queda nos resultados, as exportações de minérios geram divisas das quais o país não pode abrir mão. Daí ser muito conveniente ao país estimular a pesquisa mineral para que possa haver expansão planejada da mineração sustentável e, além disso, precisa haver a consciência de que essa indústria não pode estar exposta a seguidas tentativas de sangrar sua competitividade por meio da elevação de seus tributos e encargos, como se tem observado”, disse Raul Jungmann, diretor-presidente do Ibram.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Ibram

 

 

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